2010 foi um óptimo ano para a música portuguesa. Não houve rupturas assinaláveis das regras anteriormente estabelecidas, mas aconteceram muitas coisas formidáveis: coordenadas desencontradas, pontos de vista singulares, estruturas musicais desalinhadas, isto é, uma série notável de novos segmentos que conduziram a música num sentido estético convergente: mais importante que o género é a marca de autor, o traço de personalidade. Pela primeira vez, em muitos anos, foi difícil encontrar um top 10. E ainda ficaram de fora belos nacos de poesia sonora como foi o caso de What Is All About dos Johnwaynes, V de Tiago Guillul, Equilíbrio dos Balla, Madrugada dos peixe:avião, ou Utopia dos Expensive Soul. Da lista, destaque sobretudo para os regressos de Pedro Burmester e dos Pop Dell'Arte.
AbztraQt Sir Q, Extimolotion
B Fachada, É Pra Meninos
Pedro Burmester, Schubert/Schumann
Camané, Do Amor e Dos Dias
Galandum Galundaina, Senhor Galandum
Mário Laginha Trio, Mongrel
München, Chaquiego
Lula Pena, Troubadour
Pop Dell'Arte, Contra Mundum
Zelig, Joyce Alive!