a dignidade da diferença
01 de Janeiro de 2011

 

2010 foi um óptimo ano para a música portuguesa. Não houve rupturas assinaláveis das regras anteriormente estabelecidas, mas aconteceram muitas coisas formidáveis: coordenadas desencontradas, pontos de vista singulares, estruturas musicais desalinhadas, isto é, uma série notável de novos segmentos que conduziram a música num sentido estético convergente: mais importante que o género é a marca de autor, o traço de personalidade. Pela primeira vez, em muitos anos, foi difícil encontrar um top 10. E ainda ficaram de fora belos nacos de poesia sonora como foi o caso de What Is All About dos Johnwaynes, V de Tiago Guillul, Equilíbrio dos Balla, Madrugada dos peixe:avião, ou Utopia dos Expensive Soul. Da lista, destaque sobretudo para os regressos de Pedro Burmester e dos Pop Dell'Arte.

 

 

AbztraQt Sir Q, Extimolotion

  

 

B Fachada, É Pra Meninos

 

 

Pedro Burmester, Schubert/Schumann

 

 

Camané, Do Amor e Dos Dias

 

 

Galandum Galundaina, Senhor Galandum

 

 

Mário Laginha Trio, Mongrel

 

 

München, Chaquiego

 

 

Lula Pena, Troubadour

 

 

Pop Dell'Arte, Contra Mundum

 

 

Zelig, Joyce Alive!

21 de Agosto de 2010

 

 

O quinteto Zelig, que agora publica este óptimo «Joyce Alive!», formou-se no final de 2006 quando se juntaram a Peixe (guitarra e ocasionais arranjos de sopros) e a Eduardo Silva (contrabaixo) Nico Tricot (flauta, teclado, sampler, serrote e percussão), António Serginho (marimba, vibrafone e diversas percussões) e José Marrucho (bateria).

Absorvendo o espírito e a visão estética de cada um dos seus membros, o quinteto criou uma estrutura sonora singular, ziguezagueante que aponta em diversas direcções musicais e, tal como o personagem criado por Woody Allen, muda de pele consoante a atmosfera que a envolve.

Uma obra de fôlego assente em pedaços de jazz, sonhos de surf rock, fitas magnéticas de Carl Stalling, pincelada aqui e ali pelos Naked City mais agrestes e convergindo, por vezes, para uma espécie de Flat Earth Society em momento de descontracção após intensos discursos de agitação sonora, espreguiçando-se nos devaneios cinematográficos de Morricone e John Barry.

A música portuguesa – que, este ano, já nos trouxe o regresso do romantismo quixotesco dos Pop Dell’ Arte, o segundo disco dos AbztraQt Sir Q, o belíssimo e tradicional trabalho dos Galandum Galundaina, a visão solitária de Lula Pena e o delicioso «V» de Tiago Guillul, entre outros trabalhos menos relevantes mas francamente interessantes – passa por um momento bom.

 

Zelig ao vivo no Cinema Passos Manuel

 

 

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