A quantidade de música escutada durante o ano que findou é absolutamente irrelevante se confrontada com a produção musical do mesmo no panorama internacional. Não podemos, por essa razão, elaborar uma lista dos melhores. Fica então uma pequena amostra dos discos de que mais gostámos. Ficaram de fora, mas podiam perfeitamente ter entrado, Sigh No More, dos Mumford & Sons, I Speak Because I Can, de Laura Marling (talvez o melhor disco folk), Queen Of Denmark, de John Grant, The Wonder Show Of The World, de Bonnie ‘Prince’ Billy, Eleanora Fagan To Billie With Love, de Dee Dee Bridgewater, Broken Record, de Lloyd Cole, e Scratch My Back, de Peter Gabriel. Os Vampire Weekend e The National excederam-se em relação aos álbuns anteriores, Marcos Valle ressuscitou literalmente, foi dos Empirical a melhor homenagem do ano (a Eric Dolphy), e os Efterklang terminaram 2010 em beleza. Fica a lista.
Laurie Anderson, Homeland
Dropkick Murphys, Live On Lansdowne Boston MA
Efterklang, Magic Chairs
Empirical, Out 'n' In
Field Music
Michael Formanek, The Rub And Spare Change
The Gaslight Anthem, American Slang
Matthew Herbert, One One
Keith Jarrett/Charlie Haden, Jasmine
Leoncavallo/Veronesi/Domingo, La Nuit De Mai
The National, High Violet
Arvo Pärt/Esa-Pekka Salonen, Sinfonia n.º 4
Richard Strauss/Haitink, Eine Alpensinfonie
Stravinsky/Boulez, Pierre Boulez Conducts Stravinsky
Stravinsky/Revuelta/Dudamel, Rite
Marcos Valle, Estática
5. Vampire Weekend «I Stand Corrected»
4. Two Banks Of Four «Queen Of Crows»
3. Cat Power «Metal Heart»
2. Bill Fay «Garden Song» (1970)
1. My Brightest Diamond «From The Top Of The World»
Só fui ao Optimus Alive! 08, em Oeiras, no primeiro dia (10 de julho) e apenas para ver estas três bandas: Vampire Weekend, The National e Gogol Bordello. Ao concerto dos Vampire cheguei atrasado, mas o que ouvi agradou-me bastante (menos a tenda onde tocaram). Os The Nacional foram muito, muito bons, mas admito que já ia preparado para gostar. Músicos verdadeiramente inspirados deram uns espectáculo sempre em crescendo que só não foi perfeito porque o palco principal do festival não será propriamente o ideal para captar a atmosfera das suas canções (principalmente as de «Boxer»). Para o final, o melhor. Um concerto verdadeiramente alucinante dado por uma banda completamente tresloucada que ofereceu ao público 70 minutos de música assombrosa e multicultural, num ritmo impossivelmente acelerado, endiabrado e contagiante. Todos os que ficaram até ao fim já não tinham mais nada para dar, se uns já estavam ébrios com o álcool os outros ficaram ébrios com a música. Uma festa para o corpo e para os sentidos. Como ainda não há registo dos concertos em Oeiras, fica aqui uma pequena amostra do que estas bandas são capazes.
Vampire Weekend
The National
Gogol Bordello