Para lá do brilhantismo técnico, do sopro melodramático, da invenção formal e do requinte visual, Toy Story 3 tem uma magnífica história para (nos) contar. Um filme que é, antes de mais, uma profunda reflexão sobre a condição humana – disfarçada de brinquedo – e o eterno problema da mortalidade. Filme para crianças? Não, de todo. Antes um esplêndido e denso filme para adultos ou mais um belíssimo exemplo de como se pode reinventar o cinema de forma simultaneamente simples e complexa.
Ou, como bem refere o crítico do semanário Expresso, Vasco Baptista Marques, no seu inspirado texto sobre o filme de Lee Unkrich, «Dilema mais hamletiano o cinema americano não conheceu ao longo da última década. “Toy Story”, série para crianças? Está bem, abelha.»