Reunidos numa banda só (GNR): acuidade melódica, espírito transgressor, poesia sónica, fonética moderna com que lidamos todos os dias, instinto e concisão pop, e o melhor e mais arrojado escritor de canções que este país viu nascer na segunda metade do século vinte (Rui Reininho). Piloto Automático, de Defeitos Especiais, é um magnífico exemplo.
Piloto Automático
Quando soa a meia noite
Começo a capotar
Há um monstro dentro de mim
Que eu procuro envenenar
Rezo a Baco uma oração
Sinto o fígado a explodir
Em cada gole uma opção
Um desejo de virar
Com: whisky puro
Sangria
Vinho maduro
Xerês d'Andaluzia vodka vodka
Bagaceira
Ginvómito
Seco madeira
Ligo o piloto automático
No programa esquecer
Dissolvido num luar
Até ao amanhecer