David Underwood, professor de Humanidades e História da Arte no St. Petersburg College, na Flórida, procura, neste livro, «dissipar uma concepção corrente da crítica, a de que a contribuição da obra de Oscar Niemeyer para a arquitectura moderna tem um carácter essencialmente formal. Para isso, analisa os variados contextos com os quais o arquitecto trabalhou – físico, cultural, político e teórico, entre outros – e que elucidam intenções e sentidos por trás de suas inovações (*)».
O autor compara a obra de Niemeyer, e sua muito particular utopia da beleza, com as mais relevantes realizações de forma livre do pós-guerra na Europa e na América do Norte e, sobretudo, destaca «a evolução de um traço distintamente brasileiro da forma livre, que exalta a plasticidade inerente da curva nativa ante a rígida postura rectilínea do Estilo Internacional (*)».
Um belíssimo trabalho sobre a visão estética e o percurso persistente do grande modernista brasileiro, o qual justifica uma leitura atenta, merecendo igual destaque as fotos de Marcel Gautherot.
(*) Da contracapa do livro editado pela Cosac & Naify.