André Téchiné narra, nesta obra belíssima, a história de quatro jovens amigos, Maïté, François, Serge e Henri, que passam a sua juventude numa bela vila situada algures no sudoeste francês, ocupados com muitos assuntos que ultrapassam as suas preocupações com o fim do liceu, como é o caso, entre outros, da política, da metafísica, da solidão, do sabor amargo e doce das paixões e das desilusões amorosas ou do significado profundo da amizade.
Se quase tudo é sublime neste filme, como esquecer a espessura dos diálogos torrenciais, as vibrações das paixões políticas e das paixões amorosas, a dor e a solidão magnificamente retratadas, o olhar avassaladoramente nostálgico e crepuscular do cineasta, o brilho e o cheiro dos juncos silvestres, ou a inesquecível fantasia de uma amizade cheia de cumplicidades entre Maïté e François; contributos essenciais para a génese desta esplêndida aventura em que participam os quatro amigos, notavelmente interpretados por quatro jovens actores. Pois bem, um dos filmes da minha vida teve recentemente edição nacional em DVD.