a dignidade da diferença
09 de Julho de 2011

 

 

Há dias, no blog Sound + Vision, João Lopes manifestou a sua preocupação pela actual e generalizada falta de educação cinematográfica. Dizia o conhecido crítico, com legítima preocupação, «como é que um espectador formado (?) apenas a ver filmes como este (Transformers 3) se pode alguma vez interessar por um épico de Griffith, um drama de Bergman ou uma comédia de Jerry Lewis? A resposta é simples: não pode. Porquê? Porque não sabe e, sobretudo, porque foi educado para não querer saber». Ontem, porém, numa conversa circunstancial que tivemos com uma colega de trabalho, verificámos que, felizmente, ainda não são todos assim. Dizia ela, com agrado e alguma surpresa, que o seu filho de 15 anos adorava ver os clássicos do cinema dos anos 40 ou 50, ao contrário dos colegas da mesma idade. Citava, como exemplos, o Citizen Kane, de Orson Welles, o VertigoA Janela Indiscreta, ambos de Hitchcock, ou A Laranja Mecânica de Kubrick. Filmes que ela, a propósito, aproveitava para (re)ver com o filho. E já estava convidada para assistir ao Dr. EstranhoAmor. Talvez ainda não se sinta a diferença entre este adolescente e os seus colegas. Mas, mais tarde, ela irá naturalmente revelar-se. É que um vai ter espírito crítico, vai saber que o cinema – e não só – tem memória, vai poder comparar o que se faz hoje com o que se fez ontem e, nessa medida, vai ter uma capacidade superior à dos colegas para avaliar e valorizar determinada obra em termos estéticos. Enquanto a ignorância vai impedir os colegas de distinguir o velho do novo – pois não se irão aperceber como, muitas vezes, aquilo que aparentemente lhes surje como novidade já foi, na realidade, criado anteriormente e até com uma qualidade francamente superior -, a educação contracorrente do filho da nossa colega vai atirá-lo, em princípio, para um patamar superior. Talvez nem tudo esteja perdido.

publicado por adignidadedadiferenca às 11:26 link do post
05 de Agosto de 2008

Aproveitando o magnífico catálogo apresentado pela Fundação Calouste Gulbenkian - Serviço de Belas-Artes, com o apoio da Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema, escrito e elaborado por João Bénard da Costa a propósito do ciclo que passou entre Novembro de 2006 e Fevereiro de 2007 no Grande Auditório da Fundação, que recebeu o título «Como o cinema era belo» vou recordar alguns dos meus filmes favoritos de sempre. Alguns coincidem com a escolha feita pelo autor do catálogo e responsável pelo ciclo, outros são apenas preferências minhas.

Vou-me limitar a reproduzir fotografias desses belíssimos filmes, sem o apoio de qualquer texto ou opinião pessoal. Apenas uma singela homenagem ao cinema. De ontem e de hoje.

 

Sanshô Dayú (O intendente Sansho) - Kenji Mizoguchi

Citizen Kane - Orson Welles

Jean Seberg nas filmagens de Lilith - Robert Rossen

The searchers (A desaparecida) - John ford

Chikamatsu Monogatari (Os amantes crucificados) - Kenji Mizoguchi

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