Mais do que a relevância dada aos eleitos, o que realmente marca nas habituais listas dos melhores do ano é o esquecimento a que imerecidamente são votadas algumas das mais belas gravações daquele período. Aproveitamos, por conseguinte, a ocasião para reparar essa injustiça. De fora ficaram e não deviam: The Unthanks, Amy Winehouse (uma recolha que, embora algo desequilibrada, revela que o melhor ainda estava para vir), Nina Nastasia (escutado apenas em 2011, mas foi afastado porque o disco é do ano anterior), PJ Harvey, St. Vincent (do género primeiro estranha-se depois entranha-se), Fujiya & Miyagi, Joe Lovano, The Bill Dixon Orchestra (com a reedição do revolucionário e inclassificável Intents and Purposes), Wave Pictures, o veteraníssimo Paul Simon (há anos que não reunia numa única gravação uma colecção de canções tão boa), The Feelies (um óptimo e abrasivo regresso), a magnífica leitura que Christina Pluhar fez de Vespro Della Beata Vergine, de Monteverdi, e a soul clássica de Sharon Jones & The Dap-Kings. Deixamos então a nossa lista (perfeitamente aleatória) dos preferidos. Hoje apresentamos esta, amanhã, muito provavelmente, seria outra bem diferente.
Alela Diane & Wild Divine
Anna Calvi
Björk, Biophilia
Charles Bradley, No Time For Dreaming
Donizetti/Netrebko/Garanča/Pidò, Anna Bolena (DVD)
Fred Hersch, Alone at the Vanguard
Hidden Orchestra, Night Walks
Jono McCleery, There Is
June Tabor, Ashore (ou Ragged Kingdom, com a Oyster Band)
Laura Marling, A Creature I Don't Know
Lisa Batiashvili/Esa-Pekka Salonen, Echoes of Time
Liszt/Barenboim/Boulez, The Liszt Concertos
Liszt/Nelson Freire, Harmonies du Soir
Marty Ehrlich's Rites Quartet, Frog Leg Logic
Miles Davis Quintet, Live in Europe 1967
My Brightest Diamond, All Things Will Unwind
Steve Reich/Kronos Quartet, WTC 9/11
Thao & Mirah
Tom Waits, Bad As Me
tUnE-yArDs, Whokill