a dignidade da diferença
23 de Fevereiro de 2015

 

o rei da comédia.jpg

 

The King of Comedy (1983) descreve em tom de comédia negra a história de Rupert Pupkin (superiormente interpretado por Robert de Niro), banal candidato a vedeta, anseia por aparecer no show televisivo do comediante que mais admira. Até o conseguir, Pupkin, personagem mentalmente instável, persegue desesperadamente a vedeta televisiva - papel que o cineasta Martin Scorsese, num magnífico e inesperado golpe de asa, entrega a Jerry Lewis, compondo a sua personagem entre uma solidão extrema e o desdém pelos admiradores, precisamente o oposto da imagem clássica criada pelo genial comediante - transformando essa perseguição num verdadeiro pesadelo, tragédia de indivíduos impossível de resgatar, na qual a utopia do protagonista cede lentamente o seu lugar à cruel evidência da realidade. Verdadeiro fracasso de bilheteira e ainda hoje injustificadamente mal-amado pela crítica especializada, The King of Comedy é simultaneamente uma sátira cruel do culto das celebridades e uma peça fundamental sobre as relações entre o cinema e a televisão, onde esta última surge como raiz determinante de todas as ilusões: sociais, individuais e colectivas. Arrancando aparentemente como uma simples paródia interna do género cómico, o cinema de Scorsese especializa-se uma vez mais na demanda pelos destinos individuais dos seus protagonistas e suas múltiplas e fascinantes contradições.

 

 

01 de Outubro de 2008

 

A propósito do post sobre Robbie Robertson, aqui fica o contacto directo com o mito.

 

THE BASEMENT TAPES

 

 

 

 

Please Mrs. Henry

 

You ain't goin' nowhere

 

 

MUSIC FROM BIG PINK

 

 

The weight

 

Long black veil

 

The weight, «The last waltz» de Martin Scorsese

 

 

publicado por adignidadedadiferenca às 00:47 link do post
30 de Setembro de 2008

 

Um dos álbuns mais injustamente esquecidos dos anos 80...

 

 

 

 

 

 

Showdown at big sky

 

Broken arrow

   

Robbie Robertson, líder carismático da lendária The Band – que, inicialmente, como banda suporte de Bob Dylan e, de seguida, caminhando pelos seus próprios pés, traçou, com The Basement Tapes (a meias com Dylan) e Music from big pink, uma das histórias mais perfeitas da América mítica e profunda, oferecendo um dos mais belos e raros exemplos de música «fora de época» - assinou, em 1987, uma magnífica e injustamente esquecida estreia a solo, onde criou o género de música ideal para servir como banda sonora para a obra cinematográfica de Martin Scorsese.

Deixo-vos com uma pequena amostra.

publicado por adignidadedadiferenca às 01:23 link do post
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