Voltemos às coisas sérias. No próximo dia 20 de Novembro fará precisamente 100 anos que Tolstoi morreu na estação ferroviária de Astapovo. No ano da efeméride, o JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias recorda o seu legado com a publicação de um ensaio de Filipe Guerra, que tem traduzido grande parte da obra do genial escritor russo, a divulgação do testemunho de António Pescada – outro conhecido tradutor de Tolstoi - sobre o seu mais recente trabalho: converter para a nossa língua a obra-prima Guerra e Paz. O quinzenário inclui ainda uma curta mas útil biografia, assim como um texto dedicado à recepção da obra do autor no nosso país.
Na esteira da comemoração que o JL antecipa, nunca será tarde para conhecer, ou recordar, o requinte e a densidade humana (e psicológica) dos textos de Tolstoi, o assombroso escritor que, um dia, decidiu sacrificar a extraordinária carreira literária, a felicidade da sua mulher e a tranquilidade da vida familiar, por uma vida austera própria de quem pretende seguir rigorosamente os princípios morais cristãos.