A expressão Expressionismo Abstracto apareceu pela primeira vez (na Alemanha) já em 1919, na revista Der Sturm, publicada em Berlim entre 1910 e 1932 e que era particularmente famosa pela publicação de reproduções expressionistas. Alfred Barr usou esta expressão pela primeira vez nos Estados Unidos relativamente aos trabalhos de Wassily Kandinsky, que abandonara em 1911 qualquer pretensão de copiar o mundo dos objectos. Uns anos mais tarde, no Catálogo da Exposição de 1936, Cubismo e Arte Abstracta, Barr, de uma perspectiva formal, distinguia entre duas tradições de arte abstracta: a primeira, de tendência mais fortemente geométrico-estrutural, do seu ponto de vista vinha de Georges Seurat e Paul Cézanne, através do Cubismo, até aos vários movimentos geométricos e construtivistas na Rússia e Holanda, e que se tinha tornado internacional desde a Primeira Guerra Mundial. «A segunda – e, até recentemente, secundária – corrente», continua Barr, «tem a sua fonte principal na arte e teorias de Gauguin e do seu círculo, e flui através do Fauvismo de Matisse até ao Expressionismo Abstracto das pinturas de Kandinsky de antes da guerra. Após alguns anos de desaparecimento ressurge vigorosamente entre os mestres da arte abstracta associados ao Surrealismo. Esta tradição, ao contrário da primeira, é mais intuitiva e emocional do que intelectual; de forma mais orgânica e biomórfica do que geométrica; mais curvilínea do que rectilínea, mais decorativa do que estrutural e mais romântica do que clássica na sua exaltação do místico, do espontâneo e do irracional.»
De certa forma, o artigo de Barr foi profético para vários artista que, nas duas décadas seguintes, iriam atrair cada vez mais atenção, como a New York School.
Barbara Hess, tradução de Marta Theriaga e Madalena Boléo, Taschen
Going west, Jackson Pollock
The moon-woman cuts the circle, Jackson Pollock
Excavation, Willem De Kooning
Woman I, Willem De Kooning
Rothko Chapel, Mark Rothko
Mountains and Sea, Helen Frankenthaler
Hudson River Landscape, David Smith