Após ler os magníficos e inquietos 100 poemas de Emily Dickinson -na edição bilingue a cargo da Relógio d’Água -, e embora sabendo que a intenção do seu autor não seria com toda a certeza essa, a discrição que Emerson faz, em 1860, da poesia de Dickinson – como se pode verificar neste excerto da Tábua Cronológica, organizada por Ana Luísa Amaral - parece-me sinceramente um tremendo elogio: «Após haver lido quatro poemas de Dickinson (dois publicados e dois enviados por Helen Hunt Jackson), Emerson escreve na revista Dial, a principal publicação dos Transcendentalistas: “Uma tal Miss Dickenson [sic] escreve versos como se estivesse ameaçada por febres.»