Madre Superiora (1939)
Tamara de Lempicka (1898-1980), natural de Varsóvia, criou uma obra caracterizada por uma significativa liberdade e ambiguidade estética. O seu trabalho marcou uma época, influenciou a pintura moderna e, desdobrando-se numa série de estilos mais ou menos próximos entre si, evoluiu naturalmente duma ingenuidade inicial – um começo aparentemente vanguardista, promissor, mas ainda algo tímido e inseguro – para formas arquitetónicas mais oblíquas, cuja matriz revela um traço seguramente mais complexo, transgressor, detalhado e sombrio. Ficam aqui alguns exemplos dessa evolução estética personalizada e perversamente contagiante. Elegantes e geométricas variações quase sempre muito conseguidas de Art Déco, do cubismo, pós-cubismo, surrealismo, expressionismo ou abstracionismo. Um percurso artístico dominado por um espírito ousado e transgressor que se confundiu amiúde com a sua própria vida, tão abastada quanto exposta em demasia.
A Bela Rafaela (1927)
Mulher Adormecida (1935)
Retrato do Príncipe Eristoff (1925)