a dignidade da diferença
19 de Março de 2009

 

Pronto, já me lixaram novamente! O meu amigo Manuel pôs-me a corrente e não sei como me livrar dela. Se percebi bem a coisa, parece que, desta vez, devo escolher uma «pérola» que tenha ficado na minha memória mais profunda (fiquei a saber que tenho uma memória profunda). Uma pérola poética, entenda-se (palavras do Manuel).

Entre tanta poesia que me marcou profundamente, hoje (noutro dia a minha escolha seria, provavelmente, muito diferente) decidi-me a escolher três poemas: um escrito, outro visual e, por fim, um musical.

 

Poema escrito: (isto parece um ditado...)

 

Celebro-me e canto-me,

E aquilo que assumo tu deves assumir,

Pois cada átomo que a mim pertence a ti pertence também.

 

Vagueio e convido a minha alma,

À vontade vagueio e inclino-me a observar a erva do Verão.

A minha língua, cada átomo do meu sangue, composto deste solo, deste ar,

Aqui nascido de pais aqui nascidos de outros pais aqui nascidos, e dos seus

            pais também,

Eu, aos trinta e sete anos, de perfeita saúde começo,

Esperando que só a morte me faça parar.

 

Suspensos os credos e as escolas,

Retiro-me por certo tempo, deles saturado mas não esquecido,

Sou o porto do bem e do mal, e seja como for falo,

Natureza sem obstáculos com a sua energia original.

 

Walt Whitman, in Song Of Myself, tradução: José Agostinho Baptista, assírio & alvim

 

Um dos mais belos poemas visuais:

 

 

O suicídio de Anju em “Sansho Dayu” de Kenji Mizoguchi.

 

Um assombroso poema musical:

 

 

“God only knows” dos Beach Boys.

 

Não passo a ninguém, não vá isto acabar no José Luís Peixoto.

 

publicado por adignidadedadiferenca às 23:41 link do post
16 de Março de 2009

 

Que o Manuel me passou.

 

Trata-se de assinalar a quinta linha da página 161 de um livro que se esteja a ler (alguém me explica p’ra que é qu’isto serve?).

 

Neste momento ando a ler três livros. Optei por citar os três.

 

A dita linha da dita página de Se isto é um homem de Primo Levi reza assim:

«Viam-se ao longe os feixes de luz dos holofotes.»

 

Em Onde está a sabedoria? de Harold Bloom, pode ler-se isto:

«Subestimar Goethe é sempre um erro, a sua vingança é assombrar-nos.»

 

Quatro fotografias ocupam a página 161 de Koba o Terrível de Martin Amis. Cada uma delas tem uma legenda. Ei-las:

«Lenine disfarçado (Julho de 1917), Krupskaia, Koba entre prisões e Trotski».

 

E, desta vez, não passo a ninguém, não vá a corrente parar a O Código Da Vinci ou outra treta do género...

 

publicado por adignidadedadiferenca às 20:21 link do post
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