Entre o que de mais relevante passou pelas salas de cinema portuguesas, o destaque vai para os inconformistas e desafiantes Apichatpong Weerasethakul e Paul Verhoeven (com o inquietante e moralmente ambíguo Elle), os promissores e desconcertantes László Nemes (autor de um soberbo filme sobre os campos de extermínio nazis) e Corneliu Porumboiu, o sublime classicismo de Ira Sachs, o belo regresso de Pedro Almodóvar ao melodrama ou a descoberta dos prodigiosos Boris Barnet (o mudo A Casa na Praça Trúbnaia) e Larissa Shepitko (com Asas e, sobretudo, Ascensão) na recente e marcante exibição do Ciclo de Cinema Russo no Cinema Nimas. O último e magnífico filme de Hou Hsiao-Hsien, A Assassina, fica de fora por já ter feito parte das escolhas de 2015. Uma última palavra para Well Or High Water (Custe o Que Custar!), cujo autor, David Mackenzie, foi capaz de trabalhar e renovar a herança de Sam Peckinpah e para Os Oito Odiados, um Quentin Tarantino peculiar, que só não integra a lista porque apenas reservei lugar para dez escolhas, que também poderiam incluir os óptimos A Academia das Musas, de José Luis Guerín, e Eu, Daniel Blake, de Ken Loach...
Experimenter, de Michael Almereyda
Julieta, de Pedro Almodóvar
A Casa na Praça Trúbnaia, de Boris Barnet
Hell Or High Water, de David Mackenzie
O Filho de Saul, de László Nemes
Tesouro, de Corneliu Porumboiu
O Amor é Uma Coisa Estranha, de Ira Sachs
Ascensão, de Larissa Shepitko
Ela, de Paul Verhoeven
Cemitério do Esplendor, de Apichatpong Weerasethakul