a dignidade da diferença
31 de Dezembro de 2010

 

E depois dos livros, os filmes. Este ano não tive oportunidade de ver muitos, face às circunstâncias da vida, isto é, por força dos estudos, os quais me limitaram o tempo disponível para me dedicar a outras coisas. Ainda assim, vi uns quantos que deixaram as suas marcas. Fazem, por essa razão, parte desta pequena lista. E como os que vi nas salas de cinema foram em número reduzido, junto mais uma mão cheia de filmes editados em DVD. Eis, então, a minha lista.

 

 

Luís Buñuel, O Anjo Exterminador (DVD)

  

 

Sylvain Chomet, O Mágico

  

 

John Ford, O Homem Tranquilo (DVD)

 

 

Michael Haneke, O Laço Branco

 

 

Ernst Lubitsch, Uma Mulher Para Dois (DVD)

 

 

Brillante Mendoza, Lola

 

 

Roman Polanski, O Escritor Fantasma

 

 

Martin Scorsese, Shutter Island

 

 

Lee Unkrich, Toy Story 3

 

 

Raoul Walsh, Núpcias Trágicas (DVD)

 

publicado por adignidadedadiferenca às 19:12 link do post
14 de Dezembro de 2010

 

 

Ainda a propósito de Luís Buñuel e do seu fabuloso legado que, pouco a pouco, surge em oportunas edições em DVD: Já em 1962, o cineasta espanhol, com o humor corrosivo e provocador de O Anjo Exterminador dizia praticamente tudo sobre a venenosa degradação das relações, e consequente perda da dignidade humana no que ela tem de mais intrínseca, de gente que fica fechada semanas a fio numa casa. Dele já se disse tudo mas não me canso de repetir: filme genialíssimo e uma das obras mais marcantes e admiráveis de todos os tempos. Um marco na cultura do século XX. Em suma, um filme que devia ser visto também por esses indigentes que perdem o seu tempo a ver e a defender programas idiotas e mal-formados sobre gente que se fecha semanas a fio numa casa, motivada apenas pela coscuvilhice, pela fama e pelo dinheiro, a qual, nas deploráveis relações sociais que aí vão crescendo, revela à sociedade o vazio absoluto de quem nada tem para dizer. Um verdadeiro e indigno acto de má-fé legitimado, contudo, pela mentalidade tacanha e bisbilhoteira do portuguesinho medíocre.

publicado por adignidadedadiferenca às 00:18 link do post
08 de Janeiro de 2009

Ainda a propósito do post anterior, e de forma a criar, uma vez por outra, um fio condutor que disfarce alguma anarquia existente na publicação de cada post, deixo-vos hoje com o México, lembrado através da pintura, com as visões pictóricas de Rivera e da sua mulher Frida Kahlo, e também recordado através do cinema, com o esplendoroso trabalho que o cineasta espanhol Luís Buñuel fez em Los Olvidados e com o material filmado por Sergei Eisenstein do inacabado e, ainda assim, visualmente formidável Que Viva México!

A fim de acrescentar mais qualquer coisa a uma visão algo redutora e pobre deste país imenso, proponho mais um caminho a seguir. Pela voz de Chavela Vargas (como não podia deixar de ser) e pela voz da, para mim muito mais querida, Lhasa de Sela.

E como quem motivou todo este percurso foi Juan Rulfo, guardo para o final algumas extraordinárias fotografias daquele país, tiradas pelo próprio escritor e que, acompanhadas pelos textos de Carlos Fuentes, Margo Glanz, Jorge Alberto Lozoya, Eduardo Rivero e Víctor Jimenez, integram o prometedor (a julgar pelas fotos disponíveis na net) livro Juan Rulfo’s Mexico.

 

 

 

 

 

 

 

 

DIEGO RIVERA (1886-1957)

 

Como artista excepcional, político militante e contemporâneo excêntrico, Diego Rivera teve um papel primordial numa época muito importante no México. Tornou-se, embora polémico, o mais citado artista do continente hispano-americano no estrangeiro. Foi pintor, desenhador, artista gráfico, escultor, arquitecto, cenógrafo e um dos primeiros coleccionadores de arte mexicana pré-colonial. O seu nome está relacionado com os de Pablo Picasso, André Breton, Leo Trotski, Edward Weston, Tina Modotti e, como não podia deixar de ser, Frida Kahlo. Foi, simultaneamente, alvo de ódio e amor, admiração e rejeição, lendas e difamação. O mito que, ainda em vida, se criou à volta da sua pessoa, não se deve somente à sua obra, mas também ao seu papel activo na vida política da sua época, às suas amizades e aos seus conflitos com personalidades famosas, à sua aparência fascinante e ao seu carácter rebelde.

 

 

Nas suas recordações, difundidas em diversas obras biográficas, Rivera contribuiu bastante para a criação do mito à volta da sua pessoa. Gostava de se apresentar como menino precoce de ascendência exótica, que combatera na Revolução mexicana como jovem rebelde, um visionário que se recusava a fazer parte da vanguarda europeia, e que estava predestinado para ser o cabecilha da revolução artística. A sua biógrafa, Gladys March, confirma, no entanto, que a sua vida real era muito mais banal e que Rivera tinha grandes dificuldades em separar a ficção da realidade: «Rivera, que, mais tarde, iria representar nos seus trabalhos a História do México como um dos grandes mitos do nosso século, não conseguia dominar a sua fantasia fenomenal, enquanto me contava a sua vida. Tinha transformado alguns acontecimentos, principalmente acontecimentos dos seus primeiros anos de vida, em lendas.»

 

Andrea Kettenmann, tradução de Ruth Correia in “Diego Rivera Um Espírito Revolucionário na Arte Moderna”, 2004 Taschen.

 

                     Frida Kahlo

 

 JUAN RULFO'S MEXICO

 

 

 

LOS OLVIDADOS e QUE VIVA MEXICO!

 

 

Sergei Eisenstein "Que Viva México!"

 

Luís Buñuel "Los Olvidados"

 

LHASA e CHAVELA VARGAS

 

 

Chavela Vargas "La Llorona"

 

Lhasa "La Frontera"

 

 

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