a dignidade da diferença
16 de Agosto de 2016

 

walter lewin.jpg

 

«A maior parte dos alunos da escola secundária e da universidade detestam Física porque por norma ela é ensinada como um complicado conjunto de fórmulas matemáticas, Não é essa a minha abordagem no MIT, e não é essa a abordagem deste livro. Apresento a física como uma forma de ver o nosso mundo, revelando territórios que de outra forma permaneceriam escondidos – das minúsculas partículas subatómicas à imensidão do universo. A física permite-nos ver as forças invisíveis em jogo a toda a nossa volta, da gravidade ao electromagnetismo, e estar alerta não só aos sítios mas também às ocasiões em que encontramos arco-íris, halos, arcos de nevoeiro e auréolas, e talvez até arcos de vidro. Todos os físicos pioneiros alteraram o modo como vemos o mundo. (…) É por isso que vejo uma relação fascinante entre a física e a arte. A arte pioneira também é um novo modo de ver, uma nova forma de olhar o mundo. (…) Se olharmos em retrospectiva a arte do Renascimento até aos dias de hoje, identificamos uma tendência clara. Os artistas foram eliminando os constrangimentos impostos pelas tradições dominantes: de tema, forma, materiais, perspectiva, técnica e cor. No fim do século XIX abandonaram completamente a ideia de arte como representação do mundo natural. A verdade é que agora consideramos muitas destas obras pioneiras magníficas, mas a intenção dos artistas era outra, inteiramente diferente. Tencionavam introduzir uma nova forma de olhar o mundo. Muitos dos trabalhos que hoje consideramos criações icónicas e belíssimas (…) receberam críticas hostis no seu tempo. Os actualmente adorados impressionistas (…) enfrentaram igualmente comentários derisórios quando começaram a mostrar os seus quadros. (…) Uma nova forma de olhar o mundo nunca fica na nossa zona de conforto, é sempre um balde água fria. Considero essa água revigorante, estimulante, libertadora. E encaro o trabalho pioneiro em física da mesma forma. Sempre que é dado pela física mais um dos seus maravilhosos passos reveladores de territórios anteriormente invisíveis ou obscuros, passamos a ver o mundo de outra forma.»

Walter Lewin, For the Love of Physics

 

16 de Março de 2016

 

andrei rubliov.jpg

 

Conclui-se hoje a retrospectiva integral da obra do cineasta Andrei Tarkovski, a cargo da Leopardo e da Medeia Filmes. A obra do fundamental autor russo ilustra bem a persistência de um cineasta na elaboração e desenvolvimento de um trabalho que procura uma compreensão para o sofrimento e a solidão do ser humano, mergulhando amiúde na questão do artista contra a autoridade, mas sobretudo nos problemas da crença e da falta dela, na espiritualidade e no sagrado – daí a censura progressiva do(s) regime(s) soviético(s), dificultando a exibição dos seus filmes. Os planos longos, a estilização da cor, os invulgares efeitos da luz, o simbolismo ou a intencional imobilidade narrativa configuram-se como características formais únicas e adequadas às obsessões e reflexões temáticas de um autor que nos resgata do peso excessivo do actual e dominador cinema exclusivamente de entretenimento, onde filmes tão memoráveis como Andrei Rubliov, Stalker ou Nostalgia se distinguem da irritante futilidade daquele. Também por esta razão, Tarkovski é indispensável. De tão funda inquietação nasce uma obra mais poética que narrativa, prodígio estético de um autor que sentia o cinema como uma oração.

 

Stalker

 

publicado por adignidadedadiferenca às 20:22 link do post
29 de Setembro de 2015

 

Turner

 J. M. W. Turner, Dido builbing Carthage (1815)

 

O mais recente documentário de Frederick Wiseman, National Gallery – editado comercialmente em DVD há cerca de duas semanas -, investiga a grande instituição cultural britânica, focando o seu espaço e a realização de todo o tipo de actividades ou tarefas que ali se praticam, onde todos os seus colaboradores são protagonistas e intervenientes num amplo, trabalhoso e dinâmico processo cultural. Wiseman avalia o museu e aborda a sua história como um todo, exibindo as características do museu e a política cultural de quem o administra, bem como os princípios que unem as oficinas de conservação e restauro, as actividades pedagógicas para crianças ou o programa para grupos de invisuais, por exemplo. O seu modus operandi – com uma rara inclinação narrativa e um uso minucioso da luz e da cor - consiste na utilização de planos fixos, rigorosamente iluminados, neles fixando conversas e imagens de quadros, onde se detém para fazer sobressair uma singular visão da história da pintura. Notável será ainda a forma como o cineasta utiliza a profundidade de campo para revelar um museu que é todo salas e janelas dispostas em volta de um espaço circunscrito, criando, como acertadamente escreveu Vasco Baptista Marques, um lugar simultaneamente «aberto e fechado, fisicamente delimitado pelas fronteiras do museu, e esteticamente infinitizado pelas inumeráveis camadas de representação que cada uma das suas galerias e cada um dos seus quadros comporta». Seguindo meticulosamente as enriquecedoras apresentações e elaboradas explicações dos curadores e dos guias do museu sobre as telas de Vermeer, Rubens, Turner, Ticiano, Leonardo ou Caravaggio, por exemplo – atravessando a composição dos elementos, a utilização dramática da luz, a configuração psicológica das personagens ou o uso dos materiais -, Wiseman aproveita as suas magníficas lições de pinturas para os configurar como mui dignos representantes de uma prodigiosa cultura clássica.

 

rubens

Peter Paul Rubens, Samson and Delilah (1609)

 

publicado por adignidadedadiferenca às 23:21 link do post
19 de Junho de 2014

 

 

Em 1967, quando a Bossa Nova já dava alguns sinais de desgaste e cristalização, a música brasileira voltou a sintonizar-se com a modernidade e a ocupar o centro das atenções, ganhando nova importância à escala mundial. Com o Tropicalismo, um dos mais míticos movimentos culturais no campo das artes - sobretudo na música e no cinema -, aconteceu uma nova e vibrante revolução estética cujo plano de actividades girava em torno da ideia «act local, think global». Tropicália, o mais recente documentário de Marcelo Machado, aborda os acontecimentos mais marcantes daquele movimento, conduzindo-nos aos sons e às imagens da época, numa montagem feliz de depoimentos dos seus protagonistas intercalados com imagens de arquivo praticamente inéditas. O autor apresenta-nos o interior de uma imparável encenação artística, na qual evolui toda a dinâmica do movimento e, sem esquecer o talento e o papel fundamental de Gilberto Gil, Gal Costa, Nara Leão ou Tom Zé, sobressai o génio criativo de Caetano Veloso, dos Mutantes e de Rogério Duprat, criadores e encenadores de um glorioso canibalismo musical, onde, vítimas do seu apetite devorador, cabiam todas as músicas do mundo, magnificamente equilibradas num trapézio de sons subversivos, guitarras eléctricas, acordes dissonantes e orquestrações vanguardistas.

 

09 de Fevereiro de 2014

  

Modigliani, Nu Adormecido com os Braços Abertos (Nu Vermelho), 1917

 

«Os nus não-académicos de Modigliani constituem um caso de algum modo distinto. Embora também possamos empregar as palavras luxúria, calma e sensualidade para os descrever, em termos formais, os nus de Modigliani estão muito mais estreitamente associados às tradições da história de arte do que os dos seus contemporâneos franceses e alemães. Quando mais não fosse pela sua técnica, mas também pela composição, os seus nus denunciam uma clara influência dos mestres do Renascimento italiano, de Sandro Botticelli, Ticiano e Giorgione. Modigliani remete, assim, para um capítulo pré-académico da história da arte, para uma época em que uma Vénus nua ou Danae, para nomearmos apenas os modelos mais célebres, não era representada segundo um catálogo de poses impostas. Em vez disso, a sua composição ficava a dever-se essencialmente à iconografia de uma história subjacente e à inventividade do artista que as retratava.»

Doris Krystof, Amedeo Modigliani

 

Giorgione, Vénus Adormecida, c. 1508
Ticiano, Vénus de Urbino, c. 1538
22 de Dezembro de 2013

 

«Mas reconhecer assim o valor ontológico da estética é, ao mesmo tempo, apreender o seu alcance imediatamente cognitivo e normativo, e compreender que um dos aspectos maiores dos problemas civilizacionais que encontramos na viragem presente da nossa sociedade, que é também o momento em que esta tende a impor-se como referência e como norma planetária, reside na separação que nela se operou entre as dimensões estética, cognitiva e normativa do agir existencial, que se confunde com o modo de ser no mundo. Separado da vida comum e das suas exigências, dos seus fins, da sua vontade de ser, compartimentada na arte (da qual o revestimento estético de construções funcionais, a que o arquitecto procede, não é mais que um momento particular), a produção das formas, a busca expressiva da “beleza”, tornou-se, mais que qualquer outra produção, uma produção arbitrária, quando justamente devia ser o critério último do valor ontológico da nossa vida, sobretudo colectiva. E como a arquitectura, de todas as artes, é a que permanece ligada de mais perto à forma visível que a nossa acção colectiva toma no mundo, uma vez que continua a ser a que adere mais à técnica compreendida como preensão material exercida sobre o mundo e sobre nós próprios, uma vez que, enfim, é aquela em que a exigência da função que cada parte assume na vida do todo se exprime da maneira mais visível, poderíamos dizer que se trata para nós de reinventar, de redescobrir, de reassumir na arquitectura, normas, valores, finalidades que possam servir de critérios à sociedade.»

Michel Freitag, Arquitectura e Sociedade

19 de Março de 2013

 

 

«Não há provas de que a violência nos filmes ou na televisão provoque violência social. Procurar atirar as responsabilidades todas para cima da arte como causa de vida parece-me uma maneira de fugir ao problema… ignorando as suas principais causas. A arte remodela a vida mas não a cria, não a produz. Além disso, atribuir grandes capacidades de sugestão ao cinema choca com a experiência cientificamente comprovada segundo a qual, mesmo após uma hipnose profunda, em estado pós-hipnótico, uma pessoa não pode ser levada a fazer coisas que choquem com a sua própria natureza. Portanto, não aceito essa conexão casual vida-cinema. Mesmo supondo que assim fosse, eu diria que o tipo de violência que um impulso imitativo pode causar é um tipo “engraçado”: a violência que vemos nos filmes de James Bond ou nos desenhos animados de Tom e Jerry. Violência irrealista, higienizada, apresentada de forma burlesca… mas estou convencido de que nem isto tem realmente um efeito. Aliás, quase, quase dou razão à ideia segundo a qual efetivamente todo o tipo de violência no cinema tem um fim social útil, permitindo que as pessoas descarreguem, em jeito de substituição, emoções e instintos agressivos escondidos, que se exprimem melhor nos sonhos ou no estado onírico quando se assiste a um filme, do que em qualquer forma de realidade ou de sublimação.»

08 de Setembro de 2012

 

 

«Idealmente, não são as obras que devem agradar aos homens, mas os homens que deveriam tentar estar à altura das obras. Não cabe ao espectador/consumidor escolher a sua obra, mas à obra escolher o seu público, determinando quem é digno dela. Não nos compete julgar Baudelaire ou Malevitch; são eles que nos julgam e que julgam a nossa faculdade de julgamento. A obra, nesta perspectiva, não deve estar ao “serviço” do sujeito que a contempla. Podíamos dizer da arte o que é válido para a ética: estabelece parâmetros, indica onde é que os indivíduos deveriam esforçar-se por chegar – e não o contrário. Uma das funções da arte foi sempre mostrar aos indivíduos um mundo superior, no qual encontrávamos a liberdade e a intensidade cuja ausência se fazia sentir tão cruelmente na vida de todos os dias. A arte deixava entrever modos de vida mais elevados e mais essenciais, tanto na epopeia como na primeira pintura abstrata – e confrontava assim o individuo com o estado do mundo real.»

Anselm Jappe, Sobre a Balsa da Medusa, tradução de José Alfaro

16 de Junho de 2012

 

 

«Há no mundo, e mesmo no mundo dos artistas, pessoas que vão ao Museu do Louvre e passam rapidamente, e sem lhes dispensar um olhar, diante de uma imensidade de quadros muito interessantes ainda que de segunda ordem, mas que depois se postam sonhadoramente diante de um Ticiano ou der um Rafael, um desses que a gravura mais popularizou; então, saem satisfeitas, e há algumas que dizem: "Eu cá conheço o meu museu." Existem também aqueles que, tendo lido em tempos Bossuet e Racine, se julgam senhores da história da literatura. Felizmente, surgem de tempos a tempos justiceiros, críticos, amadores, curiosos que afirmam que não está tudo em Rafael, que não está tudo em Racine, que os poetæ minores têm algo de bom, de sólido e delicioso; e, enfim, que, por tanto se amar a beleza geral, que é expressa pelos poetas e artistas plásticos, não deixa de ser um erro não ligar à beleza particular, à beleza de circunstância e à marca dos costumes. Devo dizer que o mundo, há vários anos, se corrigiu um pouco. O valor que os amadores atribuem hoje às amabilidades gravadas e coloridas do século passado prova que se deu uma reação no sentido do que o público precisava; Debucourt, os Saint-Aubin e muitos outros entraram no dicionário dos artistas dignos de estudo. Mas esses representam o passado; ora, é à pintura dos costumes do presente que me quero dedicar hoje. O passado é interessante não apenas pela beleza que dele souberam extrair os artistas para quem ele era o presente, mas também como passado, pelo seu valor histórico. O mesmo se passa com o presente. O prazer que retiramos da representação do presente provém, não só da beleza de que pode revestir-se, mas ainda da sua qualidade essencial de presente.»

A Invenção da Modernidade, tradução de Pedro Tamen

11 de Julho de 2011

 

 

«Schopenhauer foi o primeiro a dizer que todas as artes aspiram à condição da música; este comentário tem sido repetido com demasiada frequência e tem dado origem a um ror de equívocos, mas nem por isso deixa de exprimir uma verdade importante. Ao formulá-lo Schopenhauer tinha em mente as qualidades abstractas da música; na música, e quase só nela, é possível ao artista dirigir-se directamente à sua audiência sem que entre ambos intervenha um meio de comunicação em uso corrente para outros fins. O arquitecto tem de expressar-se por meio de edifícios com um fim utilitário qualquer. O poeta tem de usar palavras que andam de boca em boca no toma-lá-dá-cá das conversas quotidianas. O pintor, de uma maneira geral, exprime-se por meio de representações do mundo visível. Só o compositor musical tem perfeita liberdade para criar obras de arte a partir da sua própria consciência, e sem outro fim que o de deleitar o ouvinte. Mas este desejo de deleitar é comum a todos os artistas, e ainda a mais simples e a mais usual de todas as definições de arte a isto se limita: tentativa de criar formas deleitáveis. Tais formas comprazem o nosso sentido do belo, sentido que se satisfaz quando podemos discernir uma unidade ou harmonia de relações formais entre as nossas percepções sensíveis.»

Herbert Read, The Meaning of Art, tradução de A.
Neves-Pedro

publicado por adignidadedadiferenca às 00:26 link do post
19 de Março de 2011

 

 

A propósito da exclusão, pelo Ministro da Cultura francês, de Céline da lista de autores a homenagear este ano e do despedimento de John Galliano da casa Dior, ambos motivados pelas acusações de anti-semitismo e de apelo à violência, julgamos merecedora de destaque a pertinente análise efectuada por António Pinto Ribeiro e publicada ontem no Público (suplemento Ípsilon). Se no caso do costureiro Galliano aquelas acusações serviram apenas como pretexto para o despedimento, dado que as razões efectivas estavam, segundo cremos, ligadas a um autismo e desleixo que já se reflectiam no seu trabalho, as circunstâncias que envolvem a exclusão do genial Céline justificam uma maior ponderação. A dimensão artística de uma obra de arte não deverá ser equacionada, quanto a nós, por estar associada ao seu autor uma elevada carga de violência, uma vez que a obra se legitima a si mesma porque se enquadra sempre no plano da representação e aí o que vale é a sua perfeição estética. Defenderemos sempre, por exemplo, O Triunfo da Vontade e Olympia, de Leni Riefenstahl, como prodigiosas encenações cinematográficas apesar da ideologia repulsiva que lhe está subjacente.

 

 

Mas também não podemos ser irresponsáveis e omitir que, apesar da autonomia artística, pessoa e autor são um só e que os seus actos devem ser condenados quando não se incluem na natureza representativa própria da obra ficcionada e são, pelo contrário, uma execução pura da violência. Ou, como explica António Pinto Ribeiro, «Nenhum relativismo artístico justifica qualquer violência sobre outro, homem ou animal. Para os que consideram que entre a pessoa e o autor, e mesmo entre o autor e o seu heterónimo, haverá um espaço de desresponsabilização, é oportuno afirmar que o direito de autor, de facto, não desresponsabiliza nem diferencia o autor da pessoa. A confirmá-lo estão os direitos de carácter patrimonial, do reconhecimento do direito de autor e o direito sobre a paternidade da obra. Em todas estas situações: autor e criador, artista e criador, e pseudónimo e criador, gozam do usufruto da identificação inequívoca.»

 

publicado por adignidadedadiferenca às 12:29 link do post
28 de Setembro de 2010

Todas as manifestações da vida intelectual do homem podem ser concebidas como uma espécie de linguagem, e esta concepção, segundo um método verdadeiro, perspectiva em geral outras questões. Pode falar-se de uma linguagem da música, da plástica, da justiça que, de uma forma imediata, não é idêntica à linguagem em que as sentenças judiciais são redigidas, sejam elas em alemão ou em inglês; pode falar-se de uma linguagem da técnica que não é idêntica à dos técnicos. Neste contexto, linguagem significa o princípio orientado para a comunicação de conteúdos intelectuais, nos referidos domínios: na técnica, na arte, na justiça ou na religião. Numa palavra: toda e qualquer comunicação de conteúdos é linguagem, sendo a comunicação através da palavra apenas um caso particular, subjacente a conteúdos humanos ou que nele se baseiam (justiça, poesia, etc.). Mas a existência da linguagem não se estende apenas por todos os domínios de manifestação espiritual do homem que, em qualquer sentido, contêm sempre língua, mas acaba por estender-se, pura e simplesmente, a tudo. Não há acontecimento ou coisa, seja na natureza animada seja na inanimada que, de certa forma, não participe na linguagem, porque a todos é essencial a comunicação do seu conteúdo espiritual. Mas a palavra “linguagem” assim entendida não é de modo algum uma metáfora. De facto, é uma evidência plena de conteúdo a afirmação de que nada podemos imaginar que não comunique a sua essência espiritual, manifestando-a através da expressão; o maior ou menor grau de consciência que tal processo de comunicação está ligado aparentemente (ou realmente) em nada altera o facto de sermos incapazes de imaginar a total ausência da linguagem, no que quer que seja. Uma existência que não tivesse relação com a linguagem é uma ideia; mas esta não frutifica, mesmo no domínio das ideias cujo âmbito é assinalado pela ideia de Deus.

 

Benjamin, Walter, Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política, Relógio D’ Água, 1992, Lisboa, Tradução de Moita, Maria Luz, Cruz, Maria Amélia, e Alberto, Manuel. 

publicado por adignidadedadiferenca às 23:28 link do post
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