E por falar em Bruckner como esquecer esse filme-ópera por excelência, onde a sua sétima sinfonia assume um papel preponderante na construção dramática da história e na moldura da narrativa? Falo, obviamente de Senso, obra-prima absoluta do romantismo (e não só), da autoria de Luchino Visconti.
Se todo o filme é prodigioso e inesquecível - Alida Valli nunca foi tão sublime como aqui -, é, contudo, a partir da cena em que o tenente Mahler (Farley Granger) se oferece para acompanhar a condessa Serpieri (Alida Valli) pelas ruas de Veneza e se começa a ouvir a música de Bruckner, que eu me apaixono verdadeiramente por esta obra .
E, para finalizar, deixo-vos um pouco deste cinema em absoluto estado de graça.