A propósito da exposição que o Museu Colecção Berardo trouxe de 19 de Maio a 17 de Agosto (foi hoje, portanto, o último dia) sobre Le Corbusier, por muitos considerado um dos mais importantes arquitectos do século XX, deixo aqui uma pequena recordação de obras da sua autoria.
Le Corbusier (de seu verdadeiro nome Charles-Édouard Jeanneret-Gris) nasceu em 1887 em La Chaux-de-Fonds, na Suíça, vindo a naturalizar-se, mais tarde, francês.Foi arquitecto, pintor, designer, escritor urbanista e coleccionador. Muito resumidamente, merecem destaque duas ou três coisas: Estuda arte aplicada em La Chaux-de-Fonds, onde constrói as suas primeiras obras, completando a sua formação viajando pela Europa.
Entusiasma-se com as construções e as paisagens mediterrâneas, funda, no ano de 1918, em Paris, o «purismo» com Amédée Ozefant – onde desaprova o cubismo e opta pelo rigoroso desenho do objecto. As suas ideias sobre arquitectura e urbanismo modernos são divulgadas na revista «L’Esprit Nouveau». Faz imensos estudos urbanísticos pelos quatro cantos do mundo (desde Moscovo até à América do Sul, não esquecendo o norte de África e a Índia) e é, ainda, participante activo nos Congressos Internacionais de Arquitectura Moderna. Faleceu em 1965.
A exposição que se viu no Centro Cultural de Belém é do Vitra Design Museum, em colaboração com o Royal Institute of British Architects e o Netherlands Architecture Institute. Intitulada «Arte da Arquitectura», a exposição dividiu-se em três módulos autónomos: «Contextos», «Privacidade e publicidade» e «Arte construída» - testemunhando, como complemento, o encontro do fotógrafo Lucien Hervé com Le Corbusier -, que, de forma extremamente feliz, sintetizam as várias caras desta extraordinária personalidade.