«E deve notar-se que, sendo a arte a forma intensa de individualismo, o público trata de exercer sobre ela uma autoridade que é tão imoral como ridícula e tão corruptora como desagradável. A culpa não é toda sua. O público foi sempre, em todos os tempos, mal educado. Pede-se constantemente que a arte seja popular, para satisfazer a sua falta de gosto, para adular a sua absurda vaidade, para lhe dizer o que já antes lhe foi dito, para lhe mostrar o que já devia estar cansado de ver, para o divertir quando se sente pesado depois de ter comido de mais, e para distrair os seus pensamentos quando está cansado da sua própria estupidez.» (A Alma do Homem sob o Socialismo, traduzido por Maria da Graça Morais Sarmento)
Pensamentos, Relógio D’Água Editores