Notícia do Público de hoje: «Custo extra com a dívida vai consumir poupança com corte dos salários». E prossegue «Portugal vai pagar mais 808 milhões de euros do que previa o Orçamento com os juros da dívida. Situação está a tornar-se insustentável, avisam os analistas». Seguem-se os números, os gráficos, os comentários dos entendidos na matéria, os estudos. Mas as conclusões levam a um único e desanimador resultado: a situação económica é insustentável, a social começa a ser intolerável, e não há, aparentemente, saída visível para a crise. Por conseguinte, vem aí mais do mesmo: o refazer das contas pelos mesmos incompetentes de sempre (os do passado e os actuais), o crescimento previsível da taxa de desemprego, o aumento angustiante da dívida pública, a baixa produtividade, e, last but not the least, a galopante necessidade de assistência externa. Não gostamos de o afirmar, mas não nos restam quaisquer ilusões; o país perdeu.