a dignidade da diferença
04 de Maio de 2008

A queda de um anjo (quando se põe a brincar com coisas sérias)

 

 

Por causa da versão-rebuçado (que já começa, para mim, a ser um bocadinho irritante) que a menina-bonita do cinema e musa de Woddy Allen, Scarlett Johansson, fez para «Falling down» do genial Tom Waits e, acima de tudo, pelo que se tem comentado aqui:

 


 

 

 

 

 

apetece-me perguntar:

Quantos prestaram, na altura em que foi editado (1995), a devida atenção ao álbum «Temptation», inteiramente preenchido com versões que Holly Cole fez de canções do artista norte-americano, acompanhada por Aaron Davis e David Piltch, esse sim, indiscutivelmente, um disco merecedor dos maiores elogios, e que, segundo me parece, já foi lançado para o esquecimento. 

 

 

 

 

 

 

E, já agora, quem ouviu «Christmas card from a hooker in Minneapolis» na voz de Neko Case?

publicado por adignidadedadiferenca às 23:04 link do post
04 de Maio de 2008

 

Anja Garbarek

Autora e intérprete norueguesa responsável por, no mínimo, dois magníficos álbuns que, se deixam poucas dúvidas de onde vem o ar e a melancolia que respiram, também demonstram, inequívocamente, que dos países nórdicos não vem só frio.

Confirmar, por favor, em «Smiling & waving» e «Briefly shaking». Mais intimista e quase imaterial o primeiro, um pouco mais sujo o segundo e com algumas arestas, intencionalmente, por limar.

Doçura, melancolia, pop em puríssimo estado de graça, pinceladas de jazz contemporâneo pedido de empréstimo à estética ECM e uma voz feita da mesma matéria com que se constroem os sonhos são motivos mais do que suficientes para se fazer história.

 

 

 

 

 

publicado por adignidadedadiferenca às 15:19 link do post
04 de Maio de 2008

Recebi, de uma amiga, esta história por correio electrónico e vou contá-la tal como foi recebida, tendo-me preocupado somente em corrigir os habituais erros que habitam estes textos. No entanto, acredito que o país inteiro já a conheça.

Um jogador da equipa do Ajax de Amesterdão, sofreu uma falta que o levou ao chão com dores. Então, como é da praxe, a equipa adversária (de equipamente amarelo), atirou a bola para fora das quatro linhas, para que o jogador fosse assistido. Após terminada a assistência médica, o jogador do Ajax devolveu a bola à equipa contrária, mas, sem querer, acabou por fazer um golaço.
Todos, inclusivemente o autor do golo, ficaram boquiabertos, mas este foi, legal e naturalmente, validado pelo árbitro. Ao reiniciar o jogo no meio-campo, os atletas do Ajax permaneceram estáticos, permitindo que a equipa adversária fizesse também um golo, repondo a verdade do jogo.

No futebol, pelo menos, com quantos anos de atraso estamos em relação à Holanda?

publicado por adignidadedadiferenca às 02:53 link do post
04 de Maio de 2008

Também podia pertencer à rubrica «discos que nunca mais se esquecem»

 

Man with a movie camera - Dziga Vertov/The Cinematic Orchestra (2003)

 

O extraordinário filme-documentário visto através da câmara (ou cine-olho) do genial artista soviético (na altura) Dziga Vertov

 

 

 

contaminado pela nova e extraordinária banda sonora da Cinematic Orchestra. Uma lição para quem ousar seguir novos rumos estéticos: uma arte não tem que se subjugar à outra.

 

 

 

 

 

 

Do que eu também gostava muito de falar - e aqui, seria mesmo na rubrica «discos que nunca mais se esquecem -, é desse verdadeiro milagre da ressurreição de John Coltrane na matéria poética e musical de «Motion», o disco mais intensamente belo da última década do século XX. Mas, desgraçadamente, não encontro vídeo à altura para servir como prova do que afirmo. Fica o registo

 

Motion - The Cinematic Orchestra (1999)

04 de Maio de 2008

 

 

 

 

A edição de que vou falar já pertence ao mês de Março, mas foi aí que tive o primeiro contacto com a revista «Arquitectura e vida», onde um magnífico artigo (ou texto crítico, como lhe chama o autor Alexandre Marques Pereira) sobre o Condomínio da Vinha, situado no Bairro Alto, reflecte sobre a ligação  que se vai perdendo entre a Arquitectura e a cidade, lamentando o autor «as mais recentes práticas da arquitectura, reduzindo-a a um mero conceito de objecto, seguindo apenas uma lógica contaminada pelo design e certas práticas do mundo das artes plásticas».

Uma revista feita não só para quem faz da arquitectura a sua profissão, mas francamente apelativa a meros curiosos ou a pessoas razoavelmente interessadas registando, nesse número, outros textos que nos ajudam a compreender melhor a articulação da forma arquitectónica com o meio e nos mostram como podem existir bonitas «casas-lofts» concebidas com sobriedade e cheias de vazios. Mais para diante, ainda há espaço para nos explicarem como as variações atmosféricas, provocadas pelo (ab)uso de combustíveis fósseis, contribuíram imenso para a degradação das superfícies arquitectónicas, terminando este número com um excelente trabalho sobre a caracterização das pontes antigas.

E aproveito a embalagem, dada pelo texto publicado pelo arquitecto Alexandre Marques Pereira, para aconselhar o clássico livro de Aldo Rossi «A arquitectura da cidade», publicado pelas Edições Cosmos que, como é destacado no artigo da revista, aborda, num conjunto riquíssimo de idéias sobre o papel fundamental das cidades,  questões essenciais como sejam a relação entre Tipo, Modelo e Arquitectura como Facto Urbano.

 

 

 

E como o mundo continua a avançar, aconselho, igualmente, a leitura do livro «Viver a arquitectura» do professor Steen Eiler Rasmussen, que escreve sobre os edifícios que todos habitamos e adaptamos à nossa forma de viver, ou seja, dá-nos a sua visão funcional da arquitectura e, não esquecendo muitos outros pensamentos, reflecte sobre o como perceber as coisas que nos rodeiam. A ler, positivamente, até porque a linguagem utilizada não se destina apenas a profissionais.

 

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