É aqui que eu venho encher os pulmões de ar puro quando estes já não aguentam o caos urbano naquele que é, para um ateu confesso, o único encontro possível com o divino.
O exemplo tanto podia vir de «A quiet eye», como de «Angel tiger», de «Rosa mundi», de «Against the streams» ou dessa imensa e definitiva caixa de 4 cds que tem por título «Always» e que, por entre inéditos e raridades, resume na perfeição toda a carreira da primeira dama da folk britânica. Esta é, contudo, uma definição demasiado redutora para a dona de uma voz prodigiosa que, como ninguém, parte da tradição para, apoiando-se apenas nas partículas que julga essenciais para desenhar uma melodia, nos dar uma visão universal e intemporal do silêncio que se ouve, respira e vem da natureza.