Virtuosismo, invenção rítmica e melódica, emoção pura. Um quinteto tradicional de bluegrass percorre territórios estéticos já desbravados e géneros musicais diversos e antagónicos, pulveriza-os e, ignorando uma série de conceitos adquiridos, cria, ao reunir partículas soltas de pop, rock, folk, jazz, minimalismo e música clássica, um novo corpo musical espantoso, sofisticado, inclassificável e agitador. Uma demonstração arrebatadora de erudição musical e destreza técnica ao serviço da mais pura expressão artística, como só acontece nos melhores momentos, pronta a ser escutada por ouvidos tão incrédulos e necessitados de prazeres auditivos como este. Disco do ano? Já estamos em maio e ainda não sei de melhor…