Para mim, este ano, a Festa do Avante foi o local onde tive a oportunidade de fazer estas últimas e magníficas aquisições:
Burt Bacharach revisto e ampliado de forma esplêndida pela “troupe” underground e vanguardista, com produção essencial do “guru” John Zorn.
Óptimas canções tradicionais transformadas pelo grupo francês (da bretanha) em belíssima música de câmara.
E onde assisti a uma exeburante actuação do grupo de guerrilheiros espanhóis; os Ska - P.
Provavelmente não serão mais do que uma pequena nota de rodapé na história da música espanhola (e da pop em geral), mas, no Domingo que passou, ao concretizarem um desdobramento fantástico entre atitude punk à Clash, secção de metais explosiva e instinto melódico dançando no meio de estilhaços de ruído, aliado a uma noção perfeita de como encenar em palco uma contagiante, saudável e delirante manifestação política e sonora, os Ska – P ofereceram, a quem esteve presente, um dos mais eufóricos e rebeldes concertos dos últimos anos na festa do Partido Comunista.