a dignidade da diferença
29 de Março de 2010

 

John Coltrane: My Favorite Things (1961)

 


 

Pouco ou nada há para dizer sobre uma obra tão falada, citada e idolatrada. Um disco raro semeado de improvisação, lirismo e poesia projectados numa caixa de música singular e livremente arquitectada por um Coltrane majestoso e falsamente amansado. 1961 foi o ano da obra e graça do Senhor… Directamente para a lista dos melhores de sempre.

 


publicado por adignidadedadiferenca às 23:03 link do post
29 de Março de 2010

 

Eis o que só podemos classificar como uma óptima notícia: o regresso, finalmente, em CD e numa versão aumentada, do clássico da bossa-nova Chega de Saudade, assinado por um dos seus ilustres fundadores (o fundador?): João Gilberto.

Voltamos, assim, a ter disponível à nossa mão o canto minimalista e a inigualável batida de violão que marcaram definitivamente o estilo da bossa nova. João Gilberto, num gesto supremo, inventou para a eternidade uma colecção de clássicos absolutos assente na paixão por Chet Baker, na sua frágil transparência vocal e no permanente receio em quebrar o silêncio.

O músico brasileiro deixou-nos, deste modo, um magnífico exercício estético, suavemente acompanhado por belíssimos arranjos orquestrais que conjugam na perfeição um novo verbo musical, paradigma de uma requintada revolução.

 

 

 

publicado por adignidadedadiferenca às 00:17 link do post
21 de Março de 2010

 

Actualmente, em Portugal, o modelo que vigora é o do Estado Social, embora com características próprias do Estado português.

Enquanto, sob o ponto de vista económico, o Estado condiciona, asfixia até, as actividades privadas, sob o ponto de vista político, o cidadão viu reforçadas certas garantias que o protegem do arbítrio Estatal. Um bom exemplo do que se afirmou é a criação de normas que limitam a actuação do Estado ao defenderem direitos e interesses legítimos dos cidadãos contra eventuais comportamentos injustos da Administração Pública.

De forma sucinta, pode-se sublinhar que se passou de um Estado politicamente autoritário para um outro onde se integram muitas características do pensamento liberal, que é precisamente o inverso do que aconteceu em termos económicos. Se a tudo isto se juntar uma mentalidade tipicamente portuguesa - que consiste no facto de acharmos que, assim que nascemos, o Estado já nos deve alguma coisa, aliada ao facto de nos surpreendermos sempre com aquilo que já estamos à espera – não se augura nada de bom. O Estado, por querer intrometer-se em tudo, torna-se ineficaz e acaba por resolver muito pouco.

 

Não será este o paradigma dos receios manifestados, em 1840, por Alexis de Tocqueville, na sua obra Da Democracia na América?

Não é verdade que, com o excessivo protagonismo do Estado, se chegou a um ponto em que o poder soberano, como disse Tocqueville, «estende os seus braços por cima da sociedade inteira; cobre a sua superfície de uma rede de pequenas regras complicadas, minuciosas e uniformes, através das quais os espíritos mais originais e as almas mais vigorosas não podem despontar sobressaindo da massa; não quebra as vontades, mas amolece-as, verga-as e dirige-as; raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede de nascer, não tiraniza, tolhe, comprime, debilita, extingue, atordoa, e reduz enfim cada nação a não ser mais do que um rebanho de animais tímidos e industriosos, cujo pastor é o governo»?

 

publicado por adignidadedadiferenca às 01:14 link do post
07 de Março de 2010

 

Mark Linkous, líder dos óptimos e esquecidos Sparklehorse, suicidou-se ontem (sábado) com, segundo consta, cerca de 40 anos de idade. Mais uma perda lamentável de um músico (muito) estimável.

 

 

Sparklehorse: Apple Bed

 

 

publicado por adignidadedadiferenca às 23:56 link do post
02 de Março de 2010

 

Um disco admirável, de uma beleza magoada e quase impossível. Uma obra crepuscular que vai vencendo o tempo transformando-se, obviamente, em raríssimo objecto de culto de contágio imediato. Já escrevi sobre ele na estreia do meu blog, isto é, aqui. Deixo-vos, então, com um conjunto de magníficas e devastadoras canções.

 

Anywhen - The Opiates (2001)

 

 

Dinah And The Beautiful Blue

 

Betty Caine

 

All That Numbs You

 

Where's The High?

 

publicado por adignidadedadiferenca às 00:25 link do post
01 de Março de 2010

 

 

 

 

 

 

Uma colecção de seis CD que reúne alguma da mais célebre e admirável música escrita pelo genial compositor russo, aqui filtrada por um olhar minucioso e atento a todos os detalhes da revolucionária partitura de Stravinsky. Uma edição a não perder por nada deste mundo, onde se pode escutar, entre peças menos conhecidas mas não menos essenciais,  A História do Soldado, A Sagração da Primavera, O Pássaro de Fogo, Pétrouchka ou a A Sinfonia dos Salmos.

 

 

publicado por adignidadedadiferenca às 00:11 link do post
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