a dignidade da diferença
27 de Junho de 2008

The great operas from the Bayreuth Festival

 

 

E agora que vou de férias por uns dias, deixo aqui uma última sugestão: a magnífica promoção que é a caixa dedicada a Wagner e que contém sete das mais extraordinárias óperas do compositor apresentadas nos tempos gloriosos do festival de Bayreuth – décadas de 60 e 70 do século XX –, onde podemos voltar a ouvir algumas das melhores vozes wagnerianas como as de Nilsson, Silja, Bumbry, Varnay, Jess Thomas e Weikl entre outras, dirigidas de forma sublime, principalmente, por Karl Bohm, Meier, Sawallisch e James Levine.

Que prazer o de regressarmos à beleza sombria e selvagem de «Der fliegende hollander», de escutarmos a brilhante abertura de «Tannhauser», onde é contada toda a história da ópera em música, de repararmos, novamente, na subtileza e leveza melódica de «Lohengrin», na paixão dramática e trágica do avassalador «Tristan und Isolde» e na maravilhosa parábola sobre a arte, e o sentido de humor de «Die meistersinger von Nurnberg». E, para o final, ficarmos com a memória dos soberanos quatro dramas musicais em que consiste o épico «Der ring des Nibelungen» - apesar de algumas cenas que se prolongam excessiva e desnecessariamente -, e deliciarmo-nos com a majestosa pureza e espiritualidade de «Parsifal».

Gravações históricas em 33 CD (que custam 50 euros) no apogeu de Bayreuth é uma oportunidade imperdível para quem ama Wagner!

 

 

tannhauser overture

publicado por adignidadedadiferenca às 23:35 link do post
27 de Junho de 2008

Hoje chamo a atenção para o nascimento oficial do cubismo, com Pablo Picasso e Georges Braque, servindo como exemplo «Les Demoiselles d’Avignon» (1907), do primeiro, e «Maisons à L’Estaque» (1908)  de Braque.

 

E, como não podia deixar de ser, realce, inevitável, para um dos principais precursores do cubismo:  Paul Cézanne. São demasiado evidentes em «Baigneuses» (1875-1877) e «A cabana de Jourdan» (1906) as formas que vão inspirar os dois autores cubistas, merecendo destaque especial a semelhança surpreendente entre vários motivos de «Baigneuses» e «Les Demoiselles d’Avignon», como o pano pendurado no tronco de árvore do quadro de Cézanne que surge na pintura de Picasso como um tecido de fundo, e, mais notória ainda, a pose adoptada por duas banhistas em «Baigneuses» que é transcrita da mesma maneira em duas das figuras da obra do pintor espanhol (a que está em pé do lado esquerdo e a de cócoras).

 

Na pintura de Braque, existem naturais contactos com as representações de paisagens de Cézanne.

 

publicado por adignidadedadiferenca às 00:07 link do post
25 de Junho de 2008

Wise up, de Magnolia (BSO) - Aimee Mann

 

 

publicado por adignidadedadiferenca às 00:18 link do post
24 de Junho de 2008

 

Por norma, citam-se «Broken english» ou «Strange weather» como os álbuns de Marianne Faithfull à beira da perfeição. Longe de mim contestar esse facto. Mas hoje (lembrei-me dela por causa de Kurt Weill, de que foi intérprete de eleição), apetece-me divulgar essa magnífica e tão esquecida colaboração com Angelo Badalamenti, a que foi dado o título «A secret life». Para mim, como os outros dois, também à beira da perfeição.

 

Bored my dreams

She

 

publicado por adignidadedadiferenca às 00:52 link do post
24 de Junho de 2008

 

Continuação da homenagem a Kurt Weill, do óptimo September songs. Agora é a vez de Betty Carter, Mary Margaret O'Hara e The Persuasions. Interpretações para ouvir sempre.

 

Mary Margaret O'Hara

Betty Carter

The Persuasions

21 de Junho de 2008

From a late night train (1989) de «Hats» - The Blue Nile

 

 

A perfeição com camadas de silêncio...

 

publicado por adignidadedadiferenca às 01:27 link do post
21 de Junho de 2008

E agora entramos no conceito de música verdadeiramente espacial.

 

Shaolin satellite (1997)

publicado por adignidadedadiferenca às 00:58 link do post
21 de Junho de 2008

 

Easy listening,  música pop bizarra e extravagante, cocktail sonoro de feição exótica e electrónica, descrevam-no como quiserem, mas este foi um dos objectos mais fascinantes e inclassificáveis que surgiram na década passada. Faz parte do álbum dos Sukia «Contacto espacial con el tercer sexo» - cujo título, decerto, já nos faz imaginar muita coisa -, publicado em 1996, e não sei até que ponto já não será uma raridade.

 

Gary super macho

The dream machine

publicado por adignidadedadiferenca às 00:31 link do post
19 de Junho de 2008

 

A melhor bailarina que Hollywood já teve e que Nicholas Ray conseguiu provar, no fabuloso e barroco «Party girl» de 1958 (inesquecível a cena da dança com Cyd Charisse vestida do vermelho que inunda todo o cenário), possuir, além das extraordinárias pernas que nós, os cinéfilos, bem conhecemos, um talento superior como actriz. Dela nunca esqueceremos a participação relâmpago em «Serenata à chuva» de Gene Kelly e Stanley Donen (para muitos, o melhor filme musical de sempre), e os sublimes momentos musicais - e de puríssimo cinema - que nos ofereceu em «Meias de seda» de Rouben Mamoulian e nas duas obras-primas de Vincente Minnelli: «A roda da fortuna» e esse filme lendário, poético, irreal e absolutamente mágico que é «Brigadoon».

 

Party girl

Serenata à chuva

Meias de seda

The band wagon

19 de Junho de 2008

 

Cuba 1970

Putos a roubar maças

 

E os Dead Combo lá se vão renovando com «Lusitânia Playboys». A música continua óptima, vão-se rebuscando uma vez por outra (ou, dito de outro modo, autocitando), mas continuam a incluir novos elementos nas suas músicas cheias de personalidade.

 

Música portuguesa na sua matriz, com contágios (dir-se-ia) inevitáveis de Cuba, do jazz, do sempre omnipresente Morricone, de rock com sinais de vida, de fado com cheiro a zinco e da música de câmara.

 

Liberdade, muita poesia e, novamente, muito bom. Melhor em Portugal, este ano, só Camané.

publicado por adignidadedadiferenca às 00:14 link do post
18 de Junho de 2008

Fujiya Miyagi

 

Estes não são alemães, mas bem que parecem e até são bem bons. Krautrock ressuscitado!

 

Ankle injuries

 

publicado por adignidadedadiferenca às 00:05 link do post
17 de Junho de 2008

Nevoeiro

 

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,

Define com perfil e ser

Este fulgor baço da terra

Que é Portugal a entristecer -

Brilho sem luz e sem arder,

Como o que o fogo-fátuo encerra.

 

Ninguém sabe que coisa quer.

Ninguém conhece o que a alma tem,

Nem o que é mal nem o que é bem,

(Que ânsia distante perto chora?)

Tudo é incerto e derradeiro.

Tudo é disperso, nada é inteiro.

ó Portugal, hoje és nevoeiro...

 

É a hora!

 

(Poema de Fernando Pessoa, música de Amélia Muge do álbum «Todos os dias» editado em 1994)

 

 

publicado por adignidadedadiferenca às 22:06 link do post
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